Descarbonização: conceito, situação atual e importância para o planeta

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foto da natureza

A união de esforços globais pela preservação ambiental possui diversas vertentes, que juntas criam estratégias e caminhos visando um futuro mais sustentável para a humanidade, que já vê de perto as consequências da poluição e danos à natureza causados ao longo dos anos.

Uma dessas vertentes é a descarbonização, processo que tem como objetivo reduzir as emissões de gás carbônico (CO2) na atmosfera, um dos principais fatores responsáveis pelo aquecimento global e pelas mudanças climáticas.

Neste artigo, vamos detalhar tudo sobre a descarbonização, seus benefícios para a sociedade e o planeta, iniciativas sustentáveis relacionadas e também como anda a situação atual no Brasil e no mundo sobre o tema. Aproveite a leitura!

O que é a descarbonização?

Para explicar melhor sobre a descarbonização, vamos voltar um pouco na linha do tempo e chegar até a Revolução Industrial, que teve início no final do século XVIII.

Com a industrialização em larga escala, houve também um aumento substancial do uso de carvão como fonte de energia, para fornecer energia para máquinas a vapor e outros equipamentos industriais.

Já no século XX, com o aumento da produção automotiva e a expansão de indústrias químicas, entre outros fatores relacionados, as emissões de poluentes atmosféricos continuaram a crescer.

Na metade do século passado, o mundo passou a compreender os efeitos globais das emissões de gases do efeito estufa, principalmente após a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em 1972 e a subsequente formação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em 1988.

Neste contexto, a descarbonização surge como um processo vital para a mitigação das mudanças climáticas e da preservação ambiental, já que busca reduzir — e eliminar, a longo prazo — as emissões de CO2 por meio da substituição dos combustíveis fósseis por fontes de energia renovável.

Qual a relação entre descarbonização e sustentabilidade?

Podemos definir sustentabilidade como a busca de estratégias para reduzir o consumo de recursos naturais e os impactos da ação humana no meio ambiente, considerando os dados e estatísticas cada vez mais alarmantes sobre o futuro da Terra.

Portanto, podemos afirmar que a descarbonização é um dos pilares da sustentabilidade, já que a emissão de CO2 na atmosfera se tornou um dos impactos ambientais mais negativos da atividade humana, levando em conta a atividade industrial e a mobilidade urbana, entre outros fatores.

Dessa maneira, a descarbonização contribui com a sustentabilidade ao promover práticas e tecnologias limpas e renováveis para diversos setores da economia e da sociedade a nível global.

Como funciona a descarbonização na prática?

Além da transição das fontes tradicionais de produção de energia para as energias renováveis, como solar, eólica, hidrogênio verde e outras alternativas sustentáveis, a descarbonização também envolve a redução do desperdício, principalmente quando falamos em matéria-prima.

Afinal, quanto maior o desperdício, maior será o gasto necessários de recursos naturais nos processos de produção, o que aumenta ainda mais a emissão de gases poluentes na atmosfera.

A eficiência energética industrial também é um aspecto importante na descarbonização, já que evita gastos muito altos de energia e matéria-prima. Estratégias como a reciclagem e reaproveitamento de materiais também contribuem para a redução das emissões, sendo práticas que vêm se consolidando em diversos setores industriais.

As ações de cada cidadão também desempenham um papel primordial no processo de descarbonização. Embora as mudanças significativas exijam esforços coordenados em níveis mais amplos, como governos e organizações, as práticas e hábitos cotidianos são essenciais para a redução das emissões de poluentes.

Escolhas individuais como o uso de produtos e serviços com menor pegada de carbono, utilização de veículos elétricos e hábitos como redução de desperdício têm impacto direto na redução das emissões de carbono, servindo também como exemplos para a comunidade ao redor.

Quais são os benefícios da descarbonização?

Em uma abordagem empresarial, adotar medidas alinhadas à descarbonização, como o uso de energias renováveis e outras ações sustentáveis, garantem uma série de benefícios, tais como:

Desenvolvimento econômico sustentável

Empresas que seguem condutas voltadas à descarbonização podem acessar mercados emergentes e consumidores que valorizam produtos e serviços ambientalmente responsáveis, além de oferecer uma vantagem competitiva à medida que a implementação de processos e tecnologias sustentáveis se tornam comuns.

Leia mais: Negócios sustentáveis: dicas, novos modelos e benefícios para sua empresa

Contribui com a sociedade e o meio ambiente

A emissão de gases poluentes é um dos maiores impactos negativos que as empresas e indústrias trazem ao meio ambiente. Ao reduzir essas emissões, as empresas contribuem diretamente para a mitigação dos danos ambientais, diminuindo a poluição atmosférica e o efeito estufa no planeta.

Agrega valor ao negócio

Os negócios que participam do processo de descarbonização constroem uma reputação positiva de compromisso com a sustentabilidade, o que resulta em benefícios como maior lealdade dos clientes, acesso a investimentos sustentáveis e maior visibilidade entre consumidores ligados à preservação ambiental.

Reduz custos e impostos

Em diversos países do mundo, governos e autoridades fiscais oferecem incentivos, subsídios e benefícios para empresas que adotam práticas relacionadas à descarbonização, o que resulta em economias adicionais para os negócios, além de manter as empresas alinhadas com as conformidades da legislação ambiental vigente.

A importância da mobilidade elétrica para a descarbonização

A mobilidade elétrica, definida pela utilização de veículos elétricos e híbridos em substituição aos modelos convencionais de motores à combustão, é uma peça-chave no processo de carbonização e na busca por soluções sustentáveis para o meio ambiente.

Afinal, a emissão de gases do efeito estufa provenientes dos meios de transportes representa grande parte do problema que preocupa autoridades ambientais em todo o planeta, sendo uma das prioridades para a implementação da descarbonização.

Uma vez que os veículos elétricos não emitem poluentes atmosféricos durante seu funcionamento, a mobilidade elétrica reduz a dependência de combustíveis fósseis, contribuindo para a diminuição do aquecimento global e da poluição como um todo.

Além disso, a mobilidade elétrica promove a integração das energias renováveis com a recarga de veículos utilizando energia proveniente de fontes limpas, como solar e eólica, corroborando ainda mais com a descarbonização e redução dos poluentes na atmosfera.

Leia mais: Mobilidade sustentável: cenário nacional e as oportunidades dessa iniciativa

Cenário da descarbonização no Brasil e no mundo

A descarbonização está sendo tratada como prioridade máxima pelas nações desenvolvidas, que buscam maneiras de frear as mudanças climáticas e garantir um futuro mais sustentável para a humanidade.

Durante a Conferência das Partes (COP) 28, órgão supremo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, os Estados Unidos anunciaram parcerias com a China para investir em grandes projetos de captura de carbono, pautando os próximos compromissos climáticos de duas das nações mais poluidoras do planeta.

“A nossa economia está crescendo. O trabalho no setor de energias renováveis cresce muito mais do que no de combustíveis fósseis”, afirmou o enviado especial de clima da Casa Branca, John Kerry, durante entrevista coletiva na COP 28.

Enquanto isso, no Brasil, um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o processo de descarbonização da indústria brasileira terá um custo de cerca de R$ 40 bilhões até 2050.

O valor foi obtido a partir da revisão de estudos feitos nos últimos anos no país e também de consultas a especialistas de cada segmento industrial. A CNI, no entanto, alerta que alguns setores não consideram no cálculo os valores de investimentos indiretos que visam aumentar a oferta de energia renovável, fazendo com que o valor possa ser ainda maior.

“Com as condições adequadas, a indústria brasileira pode se tornar um ator significativo na economia global de baixo carbono. Para tanto, são necessárias condições econômicas e políticas claras e estáveis para que possamos atrair investimentos e impulsionar inovação em tecnologias”, explica o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Já em setembro deste ano, o governo brasileiro anunciou a revisão da meta climática, na qual o país se compromete a reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 48% até 2025 e em 53% até 2030.

De acordo com a CNI, a maior parte dos setores estudados apresentam potencial de mitigação de emissão de gases poluentes a médio e longo prazo, com destaque para cimento e siderurgia, considerados os maiores consumidores de energia nos processos produtivos e que poderão reduzir até 499 milhões de toneladas de CO2 até 2050.

Conclusão

No cenário da descarbonização, as ações individuais também contribuem para a emissão de gases poluentes, sendo a adoção da mobilidade elétrica como uma das principais maneiras de garantir um futuro mais sustentável para todos.

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